sexta-feira, 3 de junho de 2022

O charme de Cartagena de Indias, Colômbia


"Me bastó con dar un paso dentro de la muralla para verla en toda su grandeza a la luz malva de las seis de la tarde, y no pude reprimir el sentimiento de haber vuelto a nacer".

Gabriel García Márquez



Em 2014 visitámos, pela primeira vez, a cidade que inspirou o Prémio Nobel da Literatura, Gabriel García Márquez. Voltámos num fim de semana do ano passado e este ano fui lá outra vez. Recomendo Cartagena das Indias a toda a gente que visita a Colômbia. É muito turística mas é encantadora. 
Quando falo da mais famosa cidade do caribe colombiano refiro-me ao seu centro histórico amuralhado. É o que vale a pena visitar. Aí é andar muito a pé para descobrir todos os cantos e recantos. As estreitas ruas são um convite ao passado pelo esplendor das suas antigas e coloridas casas coloniais. As imponentes varandas  de madeira cobertas de buganvílias trazem ainda mais cor a este lugar mágico. muitos cafés e restaurantes charmosos.
Apesar de Cartagena estar à beira mar, as praias urbanas não merecem destaque. Se a ideia for dar um mergulho e aproveitar a praia o melhor é escolher uma das ilhas próximas.

São muitos os cafés e restaurantes charmosos.

O que é obrigatório fazer:
Ou recomendo, vá ;)

- Escolher alojamento dentro da zona amuralhada. O quarto tem de ter ar condicionado porque o calor e a humidade são implacáveis.

- Ver o pôr do sol no Café del Mar ou nessa zona. 

- Dar um passeio sobre as muralhas. Se for ao final da tarde, melhor! Está mais fresco e as cores da cidade ficam lindas. 

- Sentar nas esplanadas das várias praças e apreciar o movimento e os espetáculos de rua.

- Comer um gelado na La Paletería.

- Provar as saborosas frutas tropicais à venda na rua.





kkk


Café del Mar





















segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Shalom a todos desde Israel

SHALOM!
Assim dizem olá em Israel :)



Cumprimento-vos desde a nossa nova morada; os dias por aqui são agora passados em Tel Aviv, onde já estamos a viver quase há um mês. Os primeiros tempos têm sido de adaptação, de descoberta e também de muito passeio ao fim de semana. Estamos a gostar!
Deixo-vos, por agora, algumas fotos e umas quantas curiosidades.

Morar aqui (neste mês tem sido) é:


- O fim de semana passar a ser à sexta-feira e ao sábado.
O shabat, o dia de descanso judaico, começa com o pôr do sol de sexta-feira e dura até ao pôr do sol de sábado. A fim de evitar o trabalho, os judeus concluem todas as tarefas como compras, limpeza, cozinha, ... antes do pôr do sol de sexta e por isso muitas lojas e restaurantes ficam fechados nesse período. No shabat, os judeus ortodoxos não mexem sequer em tecnologia. Há edifícios que têm os elevadores programados para parar em todos os andares para que não seja sequer necessário carregar no botão.

- Aproveitar muito o ar livre.
Tel Aviv é uma cidade outdoor: a praia, as extensas ciclovias e os inúmeros parques são um convite para aproveitar o ar livre. Como praticamente não chove moradores e turistas enchem as ruas da cidade. É maravilhoso!

- Estar no Médio Oriente e levar um estilo de vida ocidental :)
A cidade é muito cosmopolita, moderna e com uma enorme mistura cultural. Eu costumo dizer que Tel Aviv é a Barcelona cá do sítio. Ao contrário de outros países onde vivemos, que viam logo que éramos estrangeiros (ou gringos, como fomos muitas vezes chamados), aqui dirigem-se a nós sempre em hebraico. Passamos por israelitas!

- Não largar o Google Tradutor. Ai o hebraico!!!
Ter internet nunca foi tão importante como aqui. Sem o Google tradutor a malta não se safava. Como nem escrever as letras sabemos, utilizamos sempre a opção de fotografia. Por exemplo, no supermercado tiramos imensas fotos às embalagens, ainda assim, fazemos muitas vezes compras sem saber bem o que estamos a comprar :) E perceber onde se pode e não pode estacionar!?

- Ter em casa um quartinho de proteção à prova de bomba.
Israel, por causa dos conflitos em que (esteve) está envolvido, foi-se organizando e investindo muito para se defender. Uma das medidas foi a construção de bunkers nos edifícios. Em casa temos então uma divisão à prova de bomba que acaba por ser mais um quarto no nosso apartamento. Apesar disso, sinto-me muito segura na cidade.

- Sentirmo-nos dentro do aeroporto sempre que vamos às compras.
Um café expresso custa 2,50€!!! E sem vista para o mar. E não é só o café; é tudo caro!

- Comer muito húmus.
Pelo menos eu, que adoro!







domingo, 15 de outubro de 2017

Medellín em 4 dias

Escrevo este post já em jeito de despedida. Sim, os dias por aqui vão deixar de ser na Colômbia. Vamos embora de Medellín, da cidade da eterna primavera.
Uma vez que já não vamos estar para vos receber, deixo uma sugestão de roteiro, de 4 dias, para quem estiver a pensar visitar a cidade que foi nossa morada desde Janeiro de 2016. Nas fotos encontram uns quantos momentos passados com alguns amigos que fizemos por cá e outros vividos com amigos e família que nos visitaram.

Dia 1
Apanhar o metro até ao centro - é um meio de transporte seguro e como é de superfície permite desde logo ficar com uma ideia da cidade. Sair na estação San António (linha A) e começar o dia bem ao estilo colombiano - a beber um Tinto (café), no Café con Mucho Amor, no Centro Comercial Palácio Nacional. Este centro comercial ocupa o espaço do antigo Palácio da Justiça e tem uma arquitetura muito bonita. Caminhar pela Avenida Carabobo, passar pela Igreja Veracruz (uma das mais antigas da cidade) e seguir até à Plaza Botero. Esta agradável praça mais parece uma galeria ao ar livre; aqui estão expostas 23 esculturas do artista antioquenho Fernando Botero. Uma vez aqui, aproveitar para visitar o Museu de Antioquia. Percorrer a Carrera 49 ou Calle Junin desde o Edíficio Coltejer (em tempos um dos mais altos de Medellín) até ao Parque Bolívar, ou seja, ¨Juniniar¨, como dizem em Medellín. Esta rua pedonal foi famosa nos anos 60 e 70 pelos seus cafés, restaurantes e pelas bonitas montras de lojas. O Parque Bolívar ainda hoje conserva algumas casas de grande valor arquitetónico mas o edíficio dominante é a Catedral Basílica Metropolitana
Na Calle Junin, almoçar uma Bandeja Paisa no restaurante Hacienda (número 98 da carrera 49) e tomar um café mesmo ao lado, na Repostería Astor (um dos cafés antigos da cidade). Para comprar alguma recordação do país, visitar, na mesma rua, o Centro Artesanal Mi Viejo Pueblo. Se for o primeiro sábado do mês, ir ao Mercado San Alejo que se realiza no Parque Bolívar. Um mercado multicolor e multicultural no qual se pode encontrar artesanato e alguns produtos nacionais. Não esquecer de provar um Guarapo.
Apanhar o metro na estação parque Berrío até à estação Acevedo (linha A) e andar no teleférico até Santo Domingo para ter uma vista sobre a cidade. 

Plaza Botero
Plaza Botero
Plaza Botero
Museu de Antioquia
Catedral, Parque Bolívar
Parque Bolívar
San Alejo
Café con Mucho Amor, C.C. Palácio Nacional
Centro Comercial Palácio Nacional

Dia 2
De manhã fazer um Graffiti Tour pela Comuna 13 - a favela de Medellín que já foi considerada um dos lugares mais perigosos da cidade. Embora continue a ser uma zona pobre e insegura, é um lugar turístico conhecido pelas escadas rolantes e por ser um dos espaços com mais arte urbana. Recomendo o Graffitour, da Casa Kolacho. É necessário agendar.
Conhecer a Plaza Cisneros, passar pelo Centro Administrativo La Alpujarra e almoçar na zona do Parque de los Pies Descalzos. Ou então almoçar no Restaurante In Situ, no Jardim Botânico.
À tarde visitar o Parque Explora: aconselho a Sala da Mente, o Acuario e o Vivario. Neste último não perder a oportunidade de ficar a conhecer o vertebrado mais venenoso do planeta e que só habita a selva húmida colombiana, a rã dourada. Alternativamente, podem visitar o Museu Casa de la Memoria.

Escadas Rolantes, Comuna 13
Comuna 13
Comuna 13
Plaza Cisneros
Alpujarra
Parque de Los Pies Descalzos

Dia 3
Começar o dia com um café no Ganso&Castor de Ciudad del Río e visitar o MAMM (Museo de Arte Moderno de Medellín).
Visitar o Pueblito Paisa, uma réplica de uma típica e colorida vila antioquenha. É um sítio muito turístico e muito pequenino; visita-se muito rápido. Subindo as escadas de acesso ao miradouro pode-se desfrutar de uma vista fantástica sobre a cidade. Almoçar na varanda do restaurante La Fonda del Pueblo. Aproveitar para provar uma Oblea com Dulce de Leche; vendem-se nas barraquinhas do lugar e são uma delícia.
Seguir para o Parque Lleras, o coração da zona rosa do bairro El Poblado. Uma área cheia de bares e restaurantes giros e lojas de rua trendy. Dar uma volta e escolher uma esplanada para tomar algo ao fim da tarde. As minhas ruas preferidas são a Carrera 47 e a Carrera 45.

MAMM
MAMM
Pueblito Paisa
A comer Obleas no Pueblito Paisa
Miradouro, Pueblito Paisa
No El Social, Carrera 35, Zona Rosa do Poblado
No Ganso y Castor, Zona Rosa do Poblado

Dia 4
Sair de Medellín e ir até Guatapé, que está a duas horas de viagem. Além de passear nesta colorida vila, também conhecida pelos zócalos que decoram a maioria das paredes, há que subir os 740 degraus do Peñon e desfrutar da deslumbrante vista da paisagem circundante.



Guatapé
Guatapé
Peñon
Peñon
Peñon


Bom passeio :)

Adeus Medellín. Até um dia Colômbia.