Os dias por aqui: Los Roques, um paraíso na Venezuela

Há um paraíso venezuelano chamado Los Roques. Um arquipélago do qual nunca tinha ouvido falar até a Venezuela ter entrado na nossa vida, ou melhor, nós termos entrado na vida da Venezuela. Esta viagem, feita em Abril de 2014, foi o primeiro passeio pelo país. Nessa altura ainda não estava aqui a viver. Foi um fantástico segundo impacto! Sim, porque o primeiro foi dar de caras com infinitas favelas e de fantástico não teve nada.

Los Roques

Los Roques é um destino selvagem e de uma beleza incrível. Imperdível para quem visita a Venezuela. Fica situado no mar Caribe, ao norte de Caracas, a uma distância de um voo de apenas 30 minutos. O arquipélago congrega centenas de ilhas espalhadas por uma extraordinária palete de azuis. Sobrevoá-lo é um espetáculo inesquecível.
A principal ilha do arquipélago é Gran Roque. É lá que estão localizadas as pousadas e o aeroporto. Por ser um parque nacional, à chegada temos que nos registar e pagar uma taxa de entrada. Nesta ilha não há carros mas também não fazem falta. A pé, por uma das 5 estradinhas de terra batida da ilha, facilmente chegamos ao sítio que escolhemos para ficar hospedados. A simplicidade das ruas e o colorido das casas e das pousadas imprimem a Gran Roque um ambiente de alegria e de férias.

Gran Roque

Cais, Gran Roque

A rotina diária por aqui é apanhar o barco de manhã para visitar outras ilhas. Como são muitas as opções possíveis, consegue-se passar pela ótima experiência de passar o dia inteiro numa ilha deserta. Em Sarquí foi assim: só os dois. As tartarugas apareciam, de tempos a tempos, a espreitar com a cabeça fora da água. O silêncio só era quebrado com o som dos mergulhos dos pelicanos a pescar. Aqui foi possível elevar ao máximo o conceito de descanso nas férias. E uf!, o barqueiro não se esqueceu de nos vir buscar.

Sarquí

As praias, de areia fina e branca e água cristalina e quente, são deslumbrantes.
A ilha Francisquí, por ser das mais próximas a Gran Roque, é uma das mais visitadas. Perto há uma ilhota mais tranquila onde é possível alugar material de surf e kitesurf, na escola do Elias.

O passeio até à ilha de Crasquí incluiu, no regresso, uma paragem na Laguna Rabusquí. Uma zona junto a uma floresta de mangues, onde a água é de um verde azulado, pouco profunda e onde se podem ver muitas estrelas do mar e búzios.
Tanto Francisquí como Crasquí têm restaurante. São das poucas ilhas com infraestrutura.

Ilhota do Elias, Francisquí

Francisquí

Crasquí

Restaurante da Juanita, Crasquí

Crasquí

Laguna Rabusquí

Visitámos ainda Cayo de Agua e Dos Mosquises. A viagem de barco é das mais longas e com o mar agitado é pouco confortável. Mas vale pelo cenário que nos espera. Em Cayo de Agua o mar banha a praia dos dois lados formando um estreito incrível. Foi em Dos Mosquises que ficámos a conhecer a Estação de Investigação de Biologia Marinha e o seu projecto de preservação de tartarugas, para o qual contribuímos adoptando uma - a Rufas.