Saly, Senegal

Depois de dois dias em Dakar viajámos até Saly, uma linha de praias agradável a sul da capital. Na viagem, que dura aproximadamente duas horas de carro, distraímo-nos com as paisagens. Passamos por várias aldeias muito pobres. A estrada em que seguimos é estreita e a única asfaltada. Cruzamo-nos com gente que a percorre a pé e cujo destino nos provoca alguma curiosidade. De tempos a tempos encontramos vendedores, alguns cujas bancas aparentam surgir no meio do nada. As mulheres com os seus vestidos muito coloridos alegram todo o percurso. Há planícies a perder de vista e os embondeiros vão decorando o cenário.

Saly Portudal, como o nome indica, foi ponto de passagem de portugueses. Nesta vila turística passámos quatro dias de praia, calor, palmeiras e mar. Foi aqui que demos o último mergulho de 2015 e o primeiro de 2016. Zona de areia dourada e água agradável, de buganvílias, casas e hóteis à beira mar, zona onde o francês é a língua predominante. Talvez por tudo isto seja considerada a Saint Tropez Senegalesa!
Nos passeios pela praia e pela vila vamos falando e conhecendo alguns senegaleses. Gostam de saber de onde somos, de saber os nossos nomes e querem sempre apresentar-nos os seus negócios. Há que ter portanto alguma dose de paciência para ir visitando as bancas de artesanato e os bares/restaurantes locais!
É sabido que África é um dos melhores lugares do mundo para observar vida selvagem. Ainda não foi no Senegal que fizemos um safari "à séria" mas deu para ficar com uma ideia ao visitar a Reserva de Bandia.  E foi muito giro! Nesta reserva de 3500 hectares, situada a 15 Km de Saly, convivem alguns dos animais mais representativos da fauna africana, tais como rinocerontes, zebras, girafas, búfalos, macacos, gazelas, antílopes e javalis. Neste parque natural pudemos ver também uma enorme quantidade de embondeiros, que no Senegal se chamam baobás. As míticas árvores milenares cujos troncos  podem ter até 30 metros de perímetro.

Num dos dias por aqui, conhecemos o Ousmane, um simpático Senegalês natural de Casamance, que nos falou da sua terra natal. A descrição deixou-nos com vontade de a conhecer. Talvez, quem sabe, numa próxima viagem.